International Conference Lisbon 2013

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Exhibition night: Roulotte - Pedro Costa e Ricardo Lopes

Todos nós vivemos na esfera pública até dentro de nossa casa. Ricardo Lopes e o Pedro Costa deixaram as suas casas na Rua da Rosa e Rua da Misericórdia e mudaram-se para a Calçada Marquês de Tancos. Transportaram [apenas] o seu sentimento de vida in between para o espaço público [de um espaço privado de estacionamento]. Convidam todos os que aparecerem para a festa [DJ Nuno Galopim] que estão a organizar na sua casa. Terão ainda a oportunidade de conhecer, explorar e apropriar memórias próprias.
Na cidade contemporânea em que cada vez mais a nossa individualidade e privacidade é posta em causa os artistas desafiaram-se a expor a sua vida [mesmo que imaginária por uma noite].






Exhibition: PROJECTO REDE - Atelier Helena Botelho Filipe Mónica com Luca Martinucci e Filipe Alves. Colaboração de Rita Ferreira e instalação de Tomaz Hipólito













REDE #01 com Tomaz Hipólito: 2013 Draw_05

[sem] rede: breves notas sobre a dedicação ao desequilíbrio

Há essa imagem de Philippe Petit, suspenso no vazio, a meio caminho entre as torres gémeas de Nova Iorque. Se a fotografia é, por si só, imponderável, tudo nela parece porém confirma-la, a essa implausibilidade feita do desejo de se atravessar o mais alto dos vazios, suspenso na imaterialidade de uma linha. De uma linha apenas.

Tudo ali nos parece inverosímil: desde o caminhar pausado desse homem sobre o abismo até ao abismo ele próprio, cujo preto e branco da fotografia o amplia até à desmesura e, sobretudo, a materialidade desses dois edifícios cuja inexistência nos é gritante; fazendo-nos concluir que afinal esse arame pisado por Petit gravita entre o nada e coisa nenhuma.

Deste episódio, não resta senão a dúvida ela própria: a dúvida sobre aquilo que terá levado este homem a querer caminhar sobre o nada, a dúvida sobre a utilidade dessa acção e, sobretudo, a dúvida sobre aquilo que serão as suas consequências.

Porém, o significado da imagem, mais até do que o final da história protagonizada por Petit, implica o distanciamento dessas questões, que aqui se tornam prosaicas até; para nos levar a esse outro lugar a meio caminho entre duas coisas que [já] não existem, mas onde tudo é agora possível.

Assim, a meio caminho das duas torres suspensas num tempo já de si suspenso pela fotografia, revela-se uma aparente ausência de movimento, inversa à lei natural do equilíbrio. Porque, ao contrário daquilo que a física nos pretende fazer crer, é exactamente no movimento que reside a possibilidade de equilíbrio. E é na paragem, nesta paragem do equilibrista, que melhor se demonstra a iminência da queda.

E depois: depois há essa outra evidência: a de alguém ou algo poder pairar, apoiado numa linha apenas; sabendo-se que, por definição, uma linha não mais é de o espaço de tempo percorrido entre dois pontos; desautorizando-se desta forma essa outra lei da geometria que dita a impossibilidade de nos salvarmos através de algo que tenha apenas duas dimensões.

É aqui, neste desequilíbrio feito de suspensão de tempo e de suspensão de espaço, que reside o significado da obra de Tomás Hipólito com o Projecto REDE.

Ao contrário de Petit, que lá acabaria por escapar incólume a tão desmesurada aventura , a inverosimilhança do monólito de Hipólito justifica-se através dessa mesma possibilidade da tragédia anunciada na imagem da travessia, revelando-se agora o exacto momento em que a ausência de movimento dá lugar ao desequilíbrio; negando-se ainda assim, paradoxalmente, a probabilidade da queda imposta pela física.

O monólito sugere porém uma dúvida maior: a sua intangibilidade oculta-nos aquilo de que é feito, e a sua forma nega-lhe qualquer uso, qualquer comportamento; como se a sua aparente inutilidade pudesse confirmar a própria condição de suspensão que lhe é atribuída.

Ainda assim, tal como na imagem da travessia, a obra afasta qualquer ambição de iludir, de enganar; revelando-nos, sem pudor, o mecanismo a que se segura, no ar.

Dessa forma, a REDE assume a explicação deste movimento parado, sustentando-os, ao tempo e ao espaço, e concentrando-os no monólito de Hipólito; tornando-se por tal impossível dar razão a esse argumento pelo qual uma linha é apenas a distância entre dois pontos distintos: aqui os próprios pontos são o que menos importa.

Desta Rede, sob a qual mais cedo ou mais tarde serão instaladas outras obras que previsivelmente se irão alastrar pelos céus da cidade, inaugura por tal essa ideia: a de virmos a ser confrontados com a arte não mais ser do que a possibilidade de suspensão das coisas.

E no entanto, se a utilidade da proposta deste colectivo reside aí, então há uma claro equivoco na forma encontrada para nomear este sistema: afinal, tal como Petit, continuamos todos nós a caminhar sobre o abismo. A caminhar na corda bamba. Sem rede.

Pedro Machado Costa
Lisboa, Outubro 2013


PROJECTO REDE
CONCEPÇÃO: Atelier Helena Botelho Filipe Mónica com Luca Martinucci e Filipe Alves.
PRODUÇÃO: Atelier Helena Botelho Filipe Mónica com Rita Ferreira.

MONTAGEM: João Veríssimo, Renato Franco, Tiago Pinto, Álvaro Silva, Nádia Marques, Isabel Gomes, Pedro França Jorge, João Jorge, Gilson Ferreira, João Tereso, David Dias, Pedro Canelhas, Catarina Gomes, Cláudia Correia, Ricardo Miguel, Nuno Mendonça, Vasco Pereira, Ariana Pereira, Sérgio Godinho, Patrícia Almeida, Lueji Ferreira, Ticiana Aguiar, Ricardo Leal, Soraia Cardoso, Maria Laura Medeiros.












quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Exhibition: Máscaras – Nogueira Lopes

Registo de rostos humanos, máscaras de madeira, no interior de blocos de betão. Nove esculturas para depositar aleatoriamente no espaço público como elementos intrusos e estranhos.
“Máscaras” – 9 esculturas em betão branco e madeira (0,50 x 0,40 x 0,40), 2012






Exhibition night: Outside In - GGLL atelier

Outside In é uma instalação elaborada pelo GGLL atelier, para o workshop In between, que questiona os limites entre o espaço público e privado da Colina do castelo da cidade de Lisboa. Um volume de uma casa é seccionado e colocado num espaço de circulação da cidade revelando o seu interior, onde uma sequência de espelhos permite contemplar o espaço exterior. As pessoas que visitam esta instalação são confrontadas com os limites difusos entre o espaço público e privado característicos desta zona de intervenção. GGLL atelier, Lisboa 2013 Gabriela Gonçalves, arqtª e Leonel Lopes, arqtº com Gary Barber, arqtº, Miguel Malaquias, arqtº, Alexandre Gonçalves arqtº




Exhibition: Ricardo Campos



terça-feira, 29 de outubro de 2013

Exhibition: Luza - Cláudia Troy

Instalação urbana feita com fios de cores.

Utilizando fios, construo espaços invisíveis criados por a luz – neste caso, num ambiente público. A luz viajando no espaço.

Os fios azuis que descem pelas escadas são, ao mesmo tempo, luz e água, um cana suspenso fundido céu e mar.

“Luza” apresenta um caminho “ilusório” onde as pessoas que vivem e transitam pelo lugar podem interagir com ele.





domingo, 27 de outubro de 2013

Grupo3 - "Perdidos e Achadas"

Coordenação: Gabriela Gonçalves + Helena Botelho + Filipe Nunes + Filipe Mónica
Grupo: Pedro Santos + Ivo Gomes + Anderson Colombo + Tânia Moreira + Alison Fernandes + Liliana Nóbrega

"Perdidos e Achadas"
Intervenção nas Escadinhas da Achada
Esta intervenção pretende promover o encontro entre dois tipos de pessoas existentes no local. Habitantes revelam as suas recordações aos transeuntes, interceptam-se percursos, experiências e constroem-se memórias.





Workshop - Grupo 2 - Fronteiras do visível

Coordenação: Paula Guerra
Grupo: Andreia Campos, Andreia Moreira, José Maria dos Santos, Gary Barber, Filipe Serra, João Concha e Pedro Barbosa

In between. Visível e invisível. Público e privado. Pessoal e social. Abertura e fechamento. Actor e estrutura. Corpo e roupa. Estar e passar. Fronteiras e continuidade. Lugar e não lugar. O uso quotidiano de uma corda de secar roupa na encruzilhada o espaço privado e público da zona do Castelo é o nosso mote e contexto de intervenção. Assim, este instrumento utilitário vai ser elevado à categoria de enunciação de um quotidiano de vida. Propomos a reconstrução de uma sala de estar imaginária numa das ruas ou praças do bairro através de cordas de roupa ao ser alcançadas podem ser uma oportunidade de simultaneamente criarem atmosferas, mas também apelarem por via da música ao imaginário e ainda ao suprimento de necessidades do quotidiano.





Workshop - Grupo 1

Coordenação: Ricardo Campos + Rudolfo Quintas + Pedro Cabral Santo + Mirian Tavares + Tiago Batista
Grupo: Raquel Monteiro + Isadora Davide + Nuno Viegas + Élsio Menau + Nuno Rodrigues + Bernardo Álvares + David Martins

O grupo de trabalho que engloba a vertente das artes visuais e do multimédia propõe-se realizar um conjunto de acções, que irão estar presentes ao longo do percurso sugerido ao workshop de criação artística Urban Interventions. O desafio de intervenção aqui lançado irá ser manifestado através da sinalética existente nos locais, no próprio mobiliário urbano, nos espaços expectantes - abandonados e degradados. Bem como outros que ainda se encontram em processo de investigação.
Na produção desses acontecimentos o grupo irá utilizar diversas categorias artísticas, mídias e suportes. A ironia, o humor, a crítica social e política, revelam-se sem dúvida enquanto catalisadores do processo criativo. As propostas artísticas pretendem reflectir sobre este lugar, este caminho, os seus utilizadores e vivências, entre o público e o privado, a arte e a cidade.





















quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Ricardo Campos

Exhibition opening night: Urban Interventions. 


sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]


Workshop - URBAN INTERVENTIONS

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

Com o laboratório de experimentação artística pretende-se discutir uma série de conceitos de fronteiras difusas, espaços “in between”, entre espaço público e privado; formal e informal; temporário e permanente; legitimando e não legitimado, entre disciplinas artísticas; entre usos. Assim, tendo o espaço público como base para início da discussão propõe-se através do debate de um conjunto de pessoas de áreas disciplinares diversas, familiarizadas com a temática, produzir intervenções artísticas efémeras que explorem espaços, contextos e ideias menos convencionais.

Grupo 1
Coordenação: Ricardo Campos + Rudolfo Quintas + Pedro Cabral Santo + Mirian Tavares + Tiago Batista
Grupo: Raquel Monteiro + Isadora Davide + Nuno Viegas + Élsio Menau + Nuno Rodrigues + Bernardo Álvares + David Martins

O grupo de trabalho que engloba a vertente das artes visuais e do multimédia propõe-se realizar um conjunto de acções, que irão estar presentes ao longo do percurso sugerido ao workshop de criação artística Urban Interventions. O desafio de intervenção aqui lançado irá ser manifestado através da sinalética existente nos locais, no próprio mobiliário urbano, nos espaços expectantes - abandonados e degradados. Bem como outros que ainda se encontram em processo de investigação. 
Na produção desses acontecimentos o grupo irá utilizar diversas categorias artísticas, mídias e suportes. A ironia, o humor, a crítica social e política, revelam-se sem dúvida enquanto catalisadores do processo criativo. As propostas artísticas pretendem reflectir sobre este lugar, este caminho, os seus utilizadores e vivências, entre o público e o privado, a arte e a cidade.



Grupo 2 - Fronteiras do visível 
Coordenação: Paula Guerra
Grupo: Andreia Campos, Andreia Moreira, José Maria dos Santos, Gary Barber, Filipe Serra, João Concha e Pedro Barbosa

In between. Visível e invisível. Público e privado. Pessoal e social. Abertura e fechamento. Actor e estrutura. Corpo e roupa. Estar e passar. Fronteiras e continuidade. Lugar e não lugar. O uso quotidiano de uma corda de secar roupa na encruzilhada o espaço privado e público da zona do Castelo é o nosso mote e contexto de intervenção. Assim, este instrumento utilitário vai ser elevado à categoria de enunciação de um quotidiano de vida. Propomos a reconstrução de uma sala de estar imaginária numa das ruas ou praças do bairro através de cordas de roupa ao ser alcançadas podem ser uma oportunidade de simultaneamente criarem atmosferas, mas também apelarem por via da música ao imaginário e ainda ao suprimento de necessidades do quotidiano.



Grupo3 - "Perdidos e Achadas"
Coordenação: Gabriela Gonçalves + Helena Botelho + Filipe Nunes + Filipe Mónica
Grupo: Pedro Santos + Ivo Gomes + Anderson Colombo + Tânia Moreira + Alison Fernandes + Liliana Nóbrega

"Perdidos e Achadas"
Intervenção nas Escadinhas da Achada
Esta intervenção pretende promover o encontro entre dois tipos de pessoas existentes no local. Habitantes revelam as suas recordações aos transeuntes, interceptam-se percursos, experiências e constroem-se memórias.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Roulotte - Pedro Costa e Ricardo Lopes [Nuno Galopim]

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

Todos nós vivemos na esfera pública até dentro de nossa casa. Ricardo Lopes e o Pedro Costa deixaram as suas casas na Rua da Rosa e Rua da Misericórdia e mudaram-se para a Calçada Marquês de Tancos. Transportaram [apenas] o seu sentimento de vida in between para o espaço público [de um espaço privado de estacionamento]. Convidam todos os que aparecerem para a festa [DJ Nuno Galopim] que estão a organizar na sua casa. Terão ainda a oportunidade de conhecer, explorar e apropriar memórias próprias.
Na cidade contemporânea em que cada vez mais a nossa individualidade e privacidade é posta em causa os artistas desafiaram-se a expor a sua vida [mesmo que imaginária por uma noite].


Luza - Cláudia Troy

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

Instalação urbana feita com fios de cores.

Utilizando fios, construo espaços invisíveis criados por a luz – neste caso, num ambiente público. A luz viajando no espaço.

Os fios azuis que descem pelas escadas são, ao mesmo tempo, luz e água, um cana suspenso fundido céu e mar.

“Luza” apresenta um caminho “ilusório” onde as pessoas que vivem e transitam pelo lugar podem interagir com ele.


Máscaras – Nogueira Lopes

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

Registo de rostos humanos, máscaras de madeira, no interior de blocos de betão. Nove esculturas para depositar aleatoriamente no espaço público como elementos intrusos e estranhos.
“Máscaras” – 9 esculturas em betão branco e madeira (0,50 x 0,40 x 0,40), 2012


Outside In - GGLL atelier

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

Outside In é uma instalação elaborada pelo GGLL atelier, para o workshop In between, que questiona os limites entre o espaço público e privado da Colina do castelo da cidade de Lisboa. Um volume de uma casa é seccionado e colocado num espaço de circulação da cidade revelando o seu interior, onde uma sequência de espelhos permite contemplar o espaço exterior. As pessoas que visitam esta instalação são confrontadas com os limites difusos entre o espaço público e privado característicos desta zona de intervenção. GGLL atelier, Lisboa 2013 Gabriela Gonçalves, arqtª e Leonel Lopes, arqtº com Gary Barber, arqtº, Miguel Malaquias, arqtº, Alexandre Gonçalves arqtº


PROJECTO REDE - Atelier Helena Botelho Filipe Mónica com Luca Martinucci e Filipe Alves. Colaboração de Rita Ferreira e instalação de Tomaz Hipólito

Exhibition opening night: Urban Interventions. 
sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar]

A REDE é uma proposta de implementação de um “tecto”, continuo a toda a rua. É a construção de uma teia unificadora que se constitui como uma estrutura de suspensão para intervenções de carácter lúdico ou de arte urbana, uma infra-estrutura válida por si como elemento plástico, mas sobretudo como plataforma de intervenção no espaço público e como estrutura receptora das mais diversas apropriações. A solução construtiva proposta para a teia é simples, de rápida execução e projectada com uma constante preocupação nos custos associados, quer de implementação, quer de manutenção. A REDE servirá de suporte à construção de uma instalação do artista plástico Tomaz Hipólito, suspensa da teia e localizada sobre a escada que liga a cota baixa do Largo do Caldas à cota alta da Rua da Costa do Castelo, permitindo colocar em confronto situações espaciais de "espaços entre", intervalos entre o público e o privado, constituíndo por si só um percurso qualificado e reordenado.


XANA. Presentation. Esboço para uma estratégia de deriva na invenção urbana

Art, Architecture and Public Space

O mundo como espaço de liberdade, sabedoria e fraternidade:
. Arte Pública como relação entre pessoas em contexto e com mediação (deLuxe);
. A presença da forma/obejcto, do significar e do estranho.

Ultimas táticas de Intervenção:
. Análise, questionamento, desenho e construção (Assembleia);
. Arte como diagrama espacial, multidisciplinar e em diálogo (Algumas Próteses).

A arte como utopia transitoriamente realizada:
. Os sentidos nos alertaram e as ideias nos libertarão (talvez veRolução);
. A liberdade que é ideia poética.

Esboço para uma estratégia de deriva na invenção urbana.
O mundo como espaço de liberdade, sabedoria e fraternidade.
Arte como diagrama espacial, multidisciplinar e em diálogo.
A arte como utopia transitoriamente realizada.


Bio
Xana (Lisboa,1959) licenciou-se em Artes Plásticas pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em 1984, ano em que vai residir para Lagos no Algarve. É co-autor do projecto de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Algarve onde é professor convidado desde 2004.
Como artista visual realizou desde 1981 diversas exposições, cenografias ou intervenções em espaços públicos.
Em 2005 a Culturgest, Lisboa, apresentou uma selecção antológica das suas obras.
Ultimamente tem centrado o seu trabalho artístico na criação de instalações/construções temporárias de arte pública. Nesse âmbito destaca-se a construção, em 2009, um grande “Arco do Triunfo” no Passeio de Gràcia em Barcelona. Apresentou em 2010, nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, a instalação "Assembleia", integrada na exposição “Res Publica”. Em 2012 realizou no Museu do Chiado” a instalação  “Nova Assembleia e algumas próteses” e  construio nesse verão, no parque de esculturas de Vila Nova da Barquinha, a intervenção escultórica “Uma Casa no Céu”. Em 2013 realizou a instalação "Amor Libera Lux" no âmbito da iniciativa "Vicente' 13" em Belém, Lisboa.

Xana (Lisbon 1959) is a Visual Artist graduated in Fine Arts  in 1984. In the same year he took up residence in Lagos/Algarve.
He is a professor in the University of Algarve, teaching in the Visual Arts degree from 2004.
Since 1985, he held several solo exhibitions and in April 2005 it was presented in a anthological exhibition "Arte Opaca e Outros Fantasmas /Art Opaque and Other Phantoms" a selection of his works within Culturgest, Lisbon .
His last works are public art interventions, that was presented in Lisbon, Osnabrück, Algarve and Barcelona.
He is represented in several public collections, including: the Serralves Museum in Oporto, Kunstlerhaus-Musonturm in Frankfurt, Luso-American Foundation and in the Centro de Arte Moderna, Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon.

António Louro. Presentation. Social Amplifiers / Amplificadores Sociais

Art, Architecture and Public Space

O espaço comum é o lugar de negociação e de efervescência social por excelência. Na definição e nos protocolos de utilização do espaço público podemos encontrar vincos da cultura de uma comunidade, sulcos das suas ansiedades e registos das suas necessidades.
A apresentação vai focar-se em três projectos de intervenção e na forma como procuram amplificar as possibilidades de interação social do seu entorno. Teremos mesas gigantes, toldos amarelos e sabões com odor a camomila como agentes detonadores de novos cenários e de intensificação de relações humanas.

António Louro (Lisboa, 1978)
Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), é sócio fundador do estúdio de arte e arquitectura MOOV baseado em Lisboa, tendo também trabalhado no escritório KCAP – Kees Christiaanse Architects and Planners em Roterdão, Holanda. O trabalho desenvolvido nos MOOV sobre espaço público, arquitectura social, construção e estratégias sustentáveis tem sido apresentado em múltiplas conferências, exposições e publicações em Portugal, Espanha, Reino Unido, Brasil e Estados Unidos entre outros.
Trabalha regularmente na criação de instalações urbanas para inúmeros festivais internacionais de arte em espaço público como o Belluard Bollwerk Festival na Suiça, o Luzboa - Festival Internacional de Luz em Portugal, o Skyway ’09 na Polónia ou Tallinn Light Festival na Estónia.

Gabriela Vaz-Pinheiro. Presentation

Art, Architecture and Public Space

The elusiveness of site, the demand of the social - a journey of terms
The considerable breakthrough taken into effect by site-specific forms of Minimalism and the discourses which supported them in the 60’s is undeniable. They have generated the term site-specificity itself, and it is still surprising the extent to which this term today is still used today. Artists, to whose work the term was first applied, at the time, had moved away from the nearly religious uses of traditional gallery spaces to create and exhibit their work in the great outdoors of cities and wild landscapes. The concept presented the idea of site as an intrinsic part of the work itself, and even work conceived for spaces of exhibition in the traditional sense had in its menu a powerful and unquestioned connection to the architectural setting. For the purpose of this paper, and although this will mean to re-take a few steps back from other moments of reflection on this issue, I would like to propose a more detailed analysis of the term because it has varied meanings and contextualizations that have been, either taken for granted, overlooked or pushed beyond their very limit. This retracing of the term wil lead to the analysis of further research and critique that have put forward other proposals, from context-specific to site-oriented, and I will briefly present some of those critical propositions. The scope of the debate, however, has taken in recent years a new turn that it is crucial to include, referred to as the relational turn, which will allow me to attempt to discuss some problems that processual and relational practice may generate and leave unsolved.

Bio
Gabriela Vaz-Pinheiro holds a Degree in Sculpture from the Faculty of Fine Arts, University of Porto, the European Scenography Master of Arts from Central St Martin's College and Utrecht School of the Arts; Master of Arts Theory and Practice of Public Art & Design at Chelsea College of Art & Design, and a PhD by project at Chelsea College, with the thesis: "Art from place: the expression of cultural memory in the urban environment and in place-specific art interventions". Was invited lecturer at Central St. Martins College of Art & Design, London, between 1998 and 2006. Has been awarded scholarships from the Calouste Gulbenkian Foundation, Ministry of Culture, Contemporary Art Society and The London Institute, and received, as an artist, support from the Direcção Geral das Artes / Instituto das Artes. Collaboration with the Institute of Contemporary Arts in London for about two years, including the organization of conferences such as “Spaced Out” around the idea of interdisciplinarity between art and architecture. She has had a continuous involvement in interdisciplinary seminars and publishes in international art and art research magazines. Her editorial work has also been continuous with several published books. Professor, since 2004, at the Fine Art Faculty, University of Porto, where she is Director of the Master of Art and Design for the Public Space and Integrated Member of the i2ads - Institute of Research in Art Design and Society. Recently Gabriela Vaz-Pinheiro was responsible for the Art and Architecture Programme for Guimarães 2012 European Capital of Culture.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Exhibition opening night: Urban Interventions

Estão todos convidados para a inauguração das intervenções artísticas, sexta-feira a partir das 21.00h [até se aguentar], na colina do Castelo. Diversas intervenções artísticas colocarão em causa a vossa maneira de olhar e viver o bairro portanto apareçam e tornem-se peças importantes destas intervenções / apropriações artística.

Um conjunto de artistas respondeu com entusiasmo ao convite para intervir e discutir uma série de conceitos de fronteiras difusas, espaços “in between”, entre espaço público e privado; formal e informal; temporário e permanente; legitimando e não legitimado, entre disciplinas artísticas; entre usos.



A partir de hoje, começaremos a mostrar o que os artistas estão a desenvolver para noite de 6ºfeira



Patrícia Romeiro. Presentation. Manobras de Mediação Cultural e Urbana (no Porto)

Mediation and Urban Planning

O Manobras no Porto (MnP) foi um projecto cultural e artístico desenvolvido continuadamente durante dois anos (2011-2012) no Centro Histórico do Porto (CHP).
Este laboratório propôs-se intervir no presente e no futuro de um território frequentemente conotado como um “território em perda”, através de iniciativas de levantamento de recursos e de experimentação criativa e de uma metodologia de trabalho contínuo e híbrido de co-criação.
Integrado numa estratégia mais ampla, que inaugura ela própria uma nova forma de fazer planeamento e política regional em Portugal (Programa Operacional Regional do Norte 2007/2013 - Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007/2013), o projecto foi submetido a candidatura pela Administração Pública Local (Porto Lazer, EEM), tendo estado directamente envolvidos 209 parceiros-autores.
Artistas independentes, colectivos artísticos e culturais, festivais, instituições culturais, empresas do sector cultural e criativo, instituições de ensino e centros de investigação, indivíduos, grupos informais, associações e Administração Pública, lideraram conjuntamente um processo de descoberta, de regeneração e de enraizamento de novos modelos de (con)vivência. Isto, apesar de alguns dos pressupostos de partida do projecto apontarem para o facto das diferentes comunidades (artística, política, científica, ...) não se reconhecerem e não se abrirem à discussão pública das suas práticas.
A partir do que que foi desenvolvido, alcançado (e não alcançado) com o MnP, discute-se o papel que os agentes de mediação cultural e urbana podem ter no fortalecimento de mecanismos de aprendizagem e de governança.

(Patrícia Romeiro – Manobras no Porto)

domingo, 6 de outubro de 2013

Marta Traquino. Presentation. Glass Walls

Public Spaces, public sphere and the contemporary city

In the configuration of cities, the materials can be worked in relation with form, function and technology through ways catalysts of our ability to build points of view or, on the opposite, conditioning and alienating our perception, influencing, for example, the time and quality of permanence in spaces. Certain movements and directions taken by the body may be favored by neglecting the possibility of others.
The glass walls powerfully affect the perception of the city to those who walk the streets, be they aware of this fact or not. While windows or facades of buildings, or as surfaces from other architectures of smaller scale, glass walls activate various possibilities of vision levels by linking the inherent physical limit function of the glass and its expressive characteristics. Transparent or not, clean or with inscriptions, a glass wall is a means of framing the city that generates specific performativities, not only on the visual level but also at the level of the entire body.
Taking the glass walls as object of critical observation, this communication proposes, on the one hand, a look at the materialities of urban space understood as processes through time and space and through the boundaries and relationships they establish with the body, and on the other hand, a look into the performativity of this by adapting or reacting to such materialities, almost always unconsciously and intuitively. A reflection about modes of 'urban intervention' which are not properly planned but become visible in the long term, for example, through not expected spatial practices in public space related with the material conditions that contextualize them.

Marta Traquino.


Marta Traquino is artist and researcher in contemporary art. In 2012 she concluded the PhD in Fine Arts - Public Art (FBAUL) with the theoretical and practical thesis "Ser na cidade – urbanidade e prática artística, percepções e acções". Presently, she develops the theoretical and practical post-doctoral research "Para a prática reflexiva de uma ‘arte conversável’ no domínio público” (with FCT support). 
Her research is centred on artistic practices which approach Space and Place in urban context. She participates in international conferences whose themes relate Contemporary Art with Social Sciences and Humanities for the critical thinking about cities today. In 2010 her book “A construção do Lugar pela arte contemporânea” was published by Humus Editions. Since 1995 she has been teaching courses and workshops in the practical and theoretical fields of Contemporary Art in several institutions.
Her artistic practice consists of installations and proposals for actions that act as 'ephemeral architectures' which catalyze the perception/relation of the individual to with the 'permanent architectures' where it lies.

Marta Traquino. Presentation. Paredes de vidro

Public Spaces, public sphere and the contemporary city

Os materiais, na configuração das cidades, podem ser trabalhados na relação com a forma, a função e a tecnologia de modos catalizadores da nossa possibilidade de construção de pontos de vista ou, pelo contrário, condicionando e alienando a nossa percepção influindo, por exemplo, no tempo e qualidade de permanência nos espaços. Podem favorecer determinados movimentos e direcções tomados pelo corpo em detrimento da possibilidade de outros.
As paredes de vidro influem poderosamente na percepção da cidade para quem caminha pelas ruas, sejam os transeuntes conscientes ou não desse facto. Enquanto montras ou fachadas de edifícios, ou como superficies de outras arquitecturas de menor escala, activam várias possibilidades de níveis de visão pela articulação entre a inerente função de limite físico do vidro e as suas características expressivas. Transparente ou não, limpa ou com inscrições, uma parede de vidro é um meio de enquadramento da cidade que gera performatividades específicas, não só ao nível visual mas também ao nível da totalidade do corpo.
Tomando as paredes de vidro como alvo de observação crítica, esta comunicação propõe, por um lado, um olhar sobre as materialidades do espaço urbano entendidas enquanto processos através do tempo e do espaço e pelas relações e fronteiras que estabelecem com o corpo, e por outro lado, um olhar sobre a performatividade deste pela sua adaptação ou reacção a tais materialidades, quase sempre de modo inconsciente e intuitivo. Uma reflexão sobre modos de ‘intervenção urbana’ não propriamente planeados mas que se evidenciam a longo prazo, por exemplo, através da ocorrência no espaço público de práticas espaciais não expectáveis por relação com as condições materiais que as contextualizam.

Marta Traquino.


Marta Traquino é artista e investigadora em Arte Contemporânea. Em 2012 concluíu o doutoramento em Belas Artes - Arte Pública (FBAUL) com a tese teórica e prática "Ser na cidade – urbanidade e prática artística, percepções e acções". Presentemente, desenvolve a investigação teórica e prática em pós-doutoramento "Para a prática reflexiva de uma ‘arte conversável’ no domínio público” (com apoio da FCT).
Investiga práticas artísticas de abordagem ao Espaço e ao Lugar em contexto urbano. Participa em conferências internacionais cujos temas relacionam a Arte Contemporânea com as Ciências Sociais e Humanidades para o pensamento crítico sobre as cidades de hoje. Em 2010 o seu livro “A construção do Lugar pela arte contemporânea” foi publicado pelas Edições Humus. Desde 1995 lecciona em diversas instituições cursos e workshops teóricos e práticos do âmbito da Arte Contemporânea. 
A sua prática artística consiste em instalações e propostas para acção que funcionam como ‘arquitecturas efémeras’ catalisadoras da percepção/relação do indíviduo para com as ‘arquitecturas permanentes’ nas quais se encontra.





sábado, 5 de outubro de 2013

Malcolm Miles. Presentation

Public Spaces, Public Sphere and the Contemporary City

The concepts of public space and a public sphere are inherited from the European Enlightenment of the eighteenth century. These neo-classical concepts tend to be supported by classical precedents, such as the Agora of classical Athens. The Agora is seen as a site of social mixing and the exchange of ideas, a proto-public sphere in a public space, reflecting an eighteenth-century ideal of social evolution which was seldom matched by reality either in the Enlightenment or the classical past. In the twenty-first century, these constructs may be undermined by the evidence of how social change occurs, or overtaken by new media and forms of communication. The question is complicated by the encroachment of private space on pace, and in a climate of neo-liberalism of private enterprise on the public realm; while it is vital to support and protect the public interest, this needs to be done in context of a more critical understanding of what now constitutes the public sphere in which, progressively, a society’s values and organisation are determined by its members. Anti-globalisation protests since the late 1990s, and Occupy in 2011-12, offer a particular light on the issues, as do the efforts at self-organisation of groups in the global South. Nonetheless, these tend to be localised, small-scale initiatives. What insights can be gained for cities in the global North?

Malcolm Miles 

Malcolm Miles is Professor of Cultural Theory at the University of Plymouth, UK, where he convenes the Culture-Theory-Space research cluster. He is author of Helbert Marcuse: An Aesthetics of liberation (2011), Urban Utopias (2008), Cities & Cultures (2007), Urban Avant-Gardes (2004) and Art Space & the City (1997), co-author of Consuming Cities (2004, with Steven Miles), and co-editor of the City Cultures Reader (2nd edition 2003, with Tim Hall and Iain Borden). He has contributed to journals including Space & Culture, Urban Studies, and Parallax. 

Malcolm Miles é professor de Teoria da Cultura na Universidade de Plymouth, UK, onde faz parte do grupo de investigação Culture-Theory-Space. Miles é autor de Helbert Marcuse: An Aesthetics of liberation (2011), Urban Utopias (2008), Cities & Cultures (2007), Urban Avant-Gardes (2004) e Art Space & the City (1997), co-autor de Consuming Cities (2004, com Steven Miles), e co-editor of the City Cultures Reader (2nd edition 2003, com Tim Hall e Iain Borden). Tem vindo a colaborar com jornais como Space & Culture, Urban Studies, e Parallax. 


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Public Space, Public Sphere and Contemporary City



Cities are complex organisms composed by several layers of uses and segregations. Public spaces and private spaces make up the image of the city, although the boundaries between them are becoming less defined in current societies. Sometimes the public spaces are equally or more privatized (in their appropriation, in their management, in the roles they play) that some of the private spaces that host public life, passing to the public sphere and breaking the "traditional barriers" between both concepts. However, despite the concept of public space have undergone numerous changes throughout history to contemporary times, its importance seems to remain in the dynamics of the city, where face to face contacts, other than those on the "virtual worlds", remain privileged.
The opening theme of this seminar aims to discuss the various forms of use and segregation of the spaces that constitute the public sphere of the contemporary cities, stage of the discussions in the following sessions of the conference.

Ricardo Lopes | DINÂMIA’CET-IUL
Paulo Tormenta Pinto | DINÂMIA’CET-IUL/ ISCTE-IUL
Franco Bianchini | Leeds Metropolitan University
Marta Traquino
Malcolm Miles | Plymouth University